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Como funciona a contabilidade de custo?

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Produzir, vender ou prestar serviços sempre envolve algum custo, a gestão e acompanhamento desses custos muitas vezes costumam evitar que prejuízos sejam consumados, ou até mesmo ampliar as margens de lucros. Por conta disso, deve-se atentar para uma área da contabilidade bastante expressiva, e que, junto às contabilidades gerencial e financeira, irão manter suas contas em dias.
A contabilidade de custo serve justamente para desempenhar esse papel e controlar os recursos gastos para exercício da sua atividade enquanto empresa. Embora seja necessário contar com um profissional específico para realizar as tarefas que esta área demanda, é sempre bom que o administrador ou dono de um negócio se familiarize com alguns conceitos da área, assim, a comunicação com a sua equipe contábil será mais clara, e você poderá compreender os impactos que certas ações podem trazer ao seu negócio.

Definindo contabilidade de custo

Para que as competências da contabilidade de custo fiquem claras, é mais fácil começar diferenciando-a das demais contabilidades presentes no dia a dia empresarial, a primeira delas é a financeira, seguida pela gerencial.

Contabilidade financeira:

Este nível é o mais técnico de todos, sendo praticamente a aplicação de todos os conceitos estudados em cursos de contabilidade, o foco desta é chegar a resultados de cálculos consistentes, na observância das leis federais, estaduais e municipais que regem a atividade da empresa em questão.

Contabilidade gerencial:

Em contrapartida, este é o nível mais prático da contabilidade, aqui os conceitos são aplicados como ferramentas, mas não são o intuito final do trabalho. A intenção é otimizar a produção e outros setores, mas, sobretudo, tomar decisões que favoreçam o futuro da empresa, sem que estas ultrapassem limites legais, mas também sem segui-los apenas como uma obrigação. Talvez essa seja a área mais astuta da contabilidade, pois, por ser bastante extensa, a nossa carga (brasileira) possui algumas brechas, e até mesmo favorecimentos para quem a cumpre, e cabe ao gestor e seus contadores aproveitarem essas oportunidades.

Contabilidade de custo:

Enfim, agora que você já entende como funcionam os outros tipos de contabilidade, deve ter percebido que uma parte importante ficou de fora, pois até aqui só foram ditas coisas a respeito daquilo que você ganha e deve prestar contas ao fisco, mas e aquilo que você gasta? Um conceito bem interessante diz que a contabilidade de custo é a identificação e mediação dos pagamentos realizados por uma empresa, e esta é uma maneira esplêndida de resumir o que ela faz, mas como isso feito demanda mais algumas linhas para ser explicado.

Segundo a Wikipedia, a contabilidade de custo coleta, classifica e registra os dados operacionais das diversas atividades da entidade, denominados de dados internos, bem como, algumas vezes, coleta e organiza dados externos. Os dados coletados podem ser tanto monetários como físicos. Exemplos de dados físicos operacionais: unidade produzidas, horas trabalhadas, quantidade de requisições de materiais e de ordens de produção, entre outros.

Ferramentas e termos úteis na contabilidade de custos

Um contador experiente e competente é substancial para um bom relatório financeiro, mas, ele também precisará de uma boa ferramenta de coleta de dados, lugar que hoje em dia é preenchido satisfatoriamente por um sistema ERP. Além de coletar e organizar os dados da empresa, o ERP acelera a realização de cálculos e pela sua integração com outros setores, otimiza a linha de produção, e mantém o fluxo de caixa sempre sob controle.
Para que você entenda o que o contador irá dizer periodicamente sobre a sua empresa, é preciso entender com clareza o que alguns termos significam, aqui abaixo estão reunidas algumas terminologias que são de grande recorrência em relatórios feitos por contadores e até mesmo em sistemas de gestão.
• Gasto – É um valor monetário que é arcado pela entidade para qualquer aquisição ou obtenção, seja de produtos ou realização de serviço. Este sacrifício é representado pela entrega ou mesmo a promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro).
• Investimento – É a aplicação de dinheiro em função a vida útil da empresa ou de benefícios que atribuem a períodos futuros.
• Custo – É um gasto referente ao consumo de um serviço ou bem para produzir outros serviços ou bens.
• Despesa – É o gasto referente ao consumo de bem ou serviço voltado direta ou indiretamente ao processo de obtenção de receitas da empresa.
• Desembolso – É o pagamento de uma aquisição de algum bem ou de realização de algum serviço.
• Perda (despesa) – É um bem ou serviço que foi consumido de forma anormal e/ou involuntária.
• Desperdício – É o consumo intencional que não foi direcionado à produção de um bem ou à prestação de um serviço.
• Encargos – É uma obrigação determinada pela legislação como o caso das responsabilidades sociais trabalhistas e previdenciários, ou encargos financeiros sobre desconto de títulos, podemos citar também os encargos de depreciação, amortização e exaustão, sendo estes deveres.
Baseado em um documento do Sebrae , o portal Endeavor montou um passo a passo que pode te ajudar a fazer a contabilidade de custos da sua empresa. É simples, mas você precisará de dados armazenados precisamente para prosseguir, por isso um ERP é mais que indicado.

COMO SE UTILIZA:

Confira um processo simplificado para a contabilidade de custos, retirado do site Endeavor. Siga os seguintes passos para:
1. Disponha de todos os dados contábeis (monetários) e físicos sobre custos envolvidos na obtenção de um produto ou serviço específico;
2. Divida os custos das despesas;
3. Relacione os custos diretos deste produto/serviço;
4. Rateie os custos indiretos, obedecendo as regras de absorção de custos, como o valor relativo de custos diretos, mão-de-obra direta, faturamento, entre outros;
5. Rateie as despesas de vendas, administração e financeiras, seguindo as regras de absorção, como as do passo 4;
6. Compare custos e despesas totais por produto com o faturamento de cada um determinando a lucratividade por produto;
7. Compare custos e despesas totais por produto com os orçamentos determinando as variações entre o planejado e o executado;
8. Compare custos e despesas totais por produto com os custos-padrão, para determinar as variações entre o normal e o realizado;
9. Procure apontar as causas das variações verificadas nos passos 7 e 8 e, quando necessário, busque implementar ações corretivas.

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